MARIA FIRMINA DOS REIS
Primeira romancista negra do Brasil, deu voz aos silenciados e transformou a denúncia da escravidão em literatura.
JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Uma das primeiras escritoras do realismo brasileiro, retratou com lucidez a crise moral e social da elite do fim do século XIX.
CARMEN DOLORES (EMÍLIA MONCORVO)
Cronista combativa do início do século XX, revelou com ironia as contradições da vida feminina em uma sociedade moralista.
Úrsula
MARIA FIRMINA DOS REIS
Úrsula é uma jovem órfã que vive sob a tutela de um tio autoritário, em uma casa marcada pelo medo e pela opressão. Quando Tancredo, um viajante ferido, é acolhido por ela, nasce uma paixão que desafia convenções e poder. Ao redor deles, vozes silenciadas – como as de Túlio e Susana, personagens escravizados –revelam a brutalidade de um sistema que aprisiona os corpos e seus sentimentos.
Maria Firmina dos Reis, pioneira negra da literatura nacional, neste livro dá voz aos oprimidos, transpondo os limites de um drama íntimo que se converte em gesto político. Considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil, Úrsula é um verdadeiro marco de coragem e empatia na ficção brasileira.
A Falência
JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Rico comerciante de café, Francisco Teodoro vê seu império ruir lentamente em meio à crise do Encilhamento. Enquanto luta para preservar o nome e o prestígio da família, sua esposa, Camila, sufocada pelo tédio e pela aparência de perfeição, busca refúgio em uma paixão proibida. À medida que o colapso financeiro se aproxima, o que desaba não é apenas uma fortuna, mas toda uma ilusão de estabilidade moral e social.
Publicado em 1901, A Falência revela os bastidores da elite carioca do final do século XIX, expondo o contraste entre progresso e decadência. Júlia Lopes de Almeida, uma das primeiras vozes femininas do realismo brasileiro, transforma a história de uma casa em ruínas em um retrato agudo da hipocrisia, do desejo e da fragilidade humana diante da mudança.
A Luta
CARMEN DOLORES
Celina vive em um lar dominado por tradições e aparências, onde o casamento é mais dever que escolha. Presa a um marido indiferente e à presença sufocante da sogra, ela começa a questionar o papel que lhe foi imposto – o da mulher dócil e resignada. Ao redor dela, outras mulheres também enfrentam, à sua maneira, o conflito entre o que desejam e o que o mundo espera delas.
Publicado postumamente em 1911, A Luta é o grande romance de Carmen Dolores, pseudônimo de Emília Moncorvo Bandeira de Melo. Com ironia e lucidez, a autora retrata a batalha entre o velho e o novo, entre a moral e o desejo, expondo as contradições de uma sociedade em transição. Um retrato poderoso da mulher que, ao buscar liberdade, descobre o preço de existir por conta própria.
Nesta Trinca, lemos o Brasil pelo olhar delas. Elas que escreveram o cotidiano do lar, da opressão, das escolhas difíceis, e transformaram essas experiências em literatura pioneira. São histórias que atravessam afeto e poder, dinheiro e aparência, silêncio e decisão.
Em Úrsula, o amor nasce de um gesto simples: uma porta que se abre para um viajante ferido. Mas o que parece uma história de encontro revela um país inteiro – suas sombras, seus silêncios, suas hierarquias. Quando as vozes de Túlio e Susana atravessam a narrativa, o romance deixa de ser apenas sentimental: vira um ato de escuta, uma maneira de enxergar o Brasil pelo avesso.
A Falência, por outro lado, nos apresenta um outro ambiente: o Rio de Janeiro das aparências bem passadas, das conversas elegantes e das contas que não fecham. Com personagens transitando entre o luxo e o vazio, o romance utiliza este movimento para mostrar o seu impacto: o instante em que o sucesso social desmorona e revela o que de fato importa.
Finalmente, em A Luta, Carmen Dolores desce ao território íntimo das decisões silenciosas. O palco é o cotidiano – jantares, bilhetes, olhares –, mas o conflito é mais profundo: até que ponto é possível seguir o próprio caminho sem frustrar o que a sociedade espera de nós? A autora escreve sem pressa e sem panfleto, mas com ironia precisa. Cada frase parece ouvir o rumor de uma vida que tenta se libertar.
A Trinca 05 é um reencontro com o que ficou escondido. É um convite para ouvir o país pelas vozes daquelas que o moldaram sem palco nem aplauso.
Ler a Trinca 05 é um exercício de empatia e humanidade. É aprender que, muitas vezes, o essencial ficou de fora dos holofotes. Por isso, te convidamos a descobrir: que Brasil é esse, para além das vozes de sempre, que se revela nas páginas que elas escreveram enfrentando o silêncio e os limites das convenções sociais?
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Livros que atravessam séculos e continuam atuais
Apesar de escritos entre 1859 e 1911, Úrsula, A Falência e A Luta tratam de temas que ainda ressoam hoje: amor, poder, desigualdade, autonomia e o desejo de ser ouvido.
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